
História da Educação no Brasil

A atual conjuntura educacional brasileira, nada mais é do que resultado de todo o processo educativo realizado até aqui.
Podemos considerar que a educação no Brasil iniciou-se em 1549, com os jesuítas que vieram com o intuito de catequizar os índios, tornando mais fácil sua dominação e através disso facilitar a exploração dos recursos brasileiros, entretanto Marques de Pomba cortou todo o investimento afim de defender apenas os interesses da coroa portuguesa.
Nesse período a educação não existia com a intenção de melhorar a vida dos educandos, a intenção de educar era apenas para que através da educação gerasse melhores retornos produtivos para Portugal.
Com a vinda da família real observaram a necessidade de criação de cursos superiores, entre eles estão: Medicina, direito e engenharias, foram criadas para melhor convívio da coroa portuguesa no local, nada de interesses no bem-estar público.
A república foi proclamada, algumas mudanças vieram junto com isso. Foi estabelecido o ensino em escolas públicas em que cada estado deveria elaborar a sua, ainda assim, o investimento do governo na educação foi mínimo, já que a educação não era valorizada e acreditavam que os demais setores eram mais importantes e por isso recebiam mais investimentos.
Percebe-se, portanto, que o país tinha outras prioridades que não era a educação, infelizmente é possível ver isso ainda hoje.
Política e Cotidiano: As Mil e Uma Faces do Poder
Adalberto Paranhos, no texto “Política e Cotidiano: As mil e uma faces do poder”, introduz o texto mostrando como as pessoas muitas vezes ignoram a política. As mulheres dizem que é coisa de homem, os jovens dizem que é “chatice” e os mais desafortunados acreditam que a política é apenas para a elite, por oferecer diversos benefícios aos que são de uma classe privilegiada.
Entretanto, ao longo do texto, podemos perceber que o autor desconstrói a ideia fixa que temos de política ser apenas estatal. Política é toda relação de poder, portanto está em todos os lugares. Muitas pessoas se sentem vítimas da política, mas não sabem que também podem fazer política e usufruir dela, até quando escolhemos não tomar uma posição, estamos nos posicionando politicamente.
“Estou entre aqueles que entendem que somos todos, conscientemente ou não, seres políticos, enquanto seres sociais que estabelecem entre si relações de poder na sociedade. ” (p.52)
Maquiavel diz que nada adianta alimentarmos ilusões a respeito da política, é importante deter-nos na realidade. Através da política existem relações de dominação, em que antigamente era exercido pela igreja, mas essas relações de dominação permanecem até hoje e estão presentes no nosso cotidiano, em todos os segmentos. Alguns exemplos de relações de dominação podem ser vistos nos lares, nas escolas, no trabalho, em todos os lugares, na sociedade como um todo.
“Política implica em relações de poder, ainda que inconscientemente, independente de fazer do Estado um ponto de referência. Em outras palavras, nessa concepção política é algo que atravessa o nosso cotidiano na medida em que as relações de poder se manifestam, inclusive em circunstancias e lugares por vezes insuspeitos. ” (p.55)
Vejo que não é inteligente fugir da política, acreditando que é para poucos; todos nós almejando ou não fazemos parte dela, portanto é melhor dominá-la do que ser dominado.